António Costa visitou a Web Summit onde, além do contacto com a realidade tecnológica exposta, falou dos salários e do trabalho dos voluntários não remunerados nos grandes eventos.
Os voluntários têm sido bastante aproveitados por grandes eventos chegando às centenas, e sempre vistos como um factor relevante para o sucesso a nível de organização mas também financeiro. Ao não serem remunerados, acabam por realizar trabalho crucial e para o qual, em situações normais, as organizações teriam de contratar.
Numa altura em que se discute o aumento do salário mínimo em Portugal, António Costa realça a mais valia da experiência.
“Este evento, como grande parte dos eventos, vive de diversas formas. E também de muitos voluntários. Muitos deles são voluntários porque acham que é uma excelente oportunidade de poderem conhecer o evento, participarem por dentro da experiência, terem contacto com toda esta realidade e isso contribui para a sua própria formação”, salientou o primeiro-ministro. E, apesar dos 11 milhões de euros que o governo português paga anualmente à organização da Web Summit, António Costa recorda ainda os tempos da Expo 98.
“Nessa altura houve dezenas, centenas, milhares de voluntários.” um deles foi Tiago Brandão Rodrigues. “O senhor ministro da Educação foi aqui voluntário na Expo 98, não porque a Expo o estivesse a explorar, mas porque quis viver por dentro esta experiência”. António Costa foi ainda mais longe: “E fez-lhe bem.”
Estas declarações foram feitas na sequência da visita quando o primeiro-ministro enalteceu que uma das grandes prioridades deste Governo é elevar o nível salarial dos jovens qualificados. Uma medida que é acompanhada pelo anúncio da Nokia relativo à contratação de mais cem engenheiros portugueses. Para António Costa, este tipo de iniciativas das multinacionais são importantes para “criar mais e melhor emprego”. Estas contratações, afirmou, a par das que estão previstas por parte da Microsoft e da Siemens, são fundamentais “para que todos os jovens desta geração mais qualificada possam encontrar em Portugal plena realização pessoal e profissional”.
Uma visita de 3,5 horas
Ao longo do percurso de 3,5 horas, realizado pelos pavilhões da FIL, António Costa, acompanhado pelo ministro da Economia e restante comitiva, foi tirando selfies com quem pedia e conversando com alguns dos representantes das Startups.
E, para o primeiro-ministro não há dúvidas: “A Web Summit continua a ser uma grande montra para a abertura de Portugal e para que o mundo inteiro descubra Portugal” como um país com recursos humanos de excelência que atraem as grandes multinacionais.